Saudações pessoas! O Viracasacas dessa semana tem a honra de receber
Marcelo Semer , juiz, escritor membro
e ex-presidente da
Associação Juízes para a Democracia , e
Beatriz
Falcão , cientista política e analista de
relações institucionais, para falar sobre aquilo que não sai da boca do povo:
IMPEACHMENT. Começamos discutindo porque o impeachment de Dilma Rousseff
em 2016 inaugurou uma era de instabilidade política depois do relativo
equilíbrio da Nova República. A eleição de Bolsonaro, a reboque da Operação
Lava Jato, adicionou gasolina ao fogo ao trazer uma expressa politização das
forças de defesa e segurança, além de intensificar o processo de
partidarização do judiciário. Agora assistimos a uma banalização do
instrumento do impeachment no tempo e no espaço – com governadores sofrendo
processos de cassação não exatamente por seus prováveis crimes, mas porque
decidiram romper com o grupo do Presidente da República. Por outro lado, a
aproximação de Bolsonaro com o Centrão e suas escolhas para o judiciário,
tendem a blindá-lo de um processo similar… ainda que haja um recorde de
processos e crimes. Não há salvação que venha do judiciário, tampouco desse
congresso – uma vez que não foram criadas as condições políticas para tanto. O
bolsonarismo, ao mesmo tempo em que parece ter encontrado sua estabilidade no
trio Evangélicos-Centrão-Militares, também ainda não conseguiu se consolidar
como um campo independente, sendo um movimento fundado única e exclusivamente
na imagem produzida de seu líder.
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Saudações pessoas! O Viracasacas dessa semana tem a honra de receber
Marcelo Semer , juiz, escritor membro
e ex-presidente da
Associação Juízes para a Democracia , e
Beatriz
Falcão , cientista política e analista de
relações institucionais, para falar sobre aquilo que não sai da boca do povo:
IMPEACHMENT. Começamos discutindo porque o impeachment de Dilma Rousseff
em 2016 inaugurou uma era de instabilidade política depois do relativo
equilíbrio da Nova República. A eleição de Bolsonaro, a reboque da Operação
Lava Jato, adicionou gasolina ao fogo ao trazer uma expressa politização das
forças de defesa e segurança, além de intensificar o processo de
partidarização do judiciário. Agora assistimos a uma banalização do
instrumento do impeachment no tempo e no espaço – com governadores sofrendo
processos de cassação não exatamente por seus prováveis crimes, mas porque
decidiram romper com o grupo do Presidente da República. Por outro lado, a
aproximação de Bolsonaro com o Centrão e suas escolhas para o judiciário,
tendem a blindá-lo de um processo similar… ainda que haja um recorde de
processos e crimes. Não há salvação que venha do judiciário, tampouco desse
congresso – uma vez que não foram criadas as condições políticas para tanto. O
bolsonarismo, ao mesmo tempo em que parece ter encontrado sua estabilidade no
trio Evangélicos-Centrão-Militares, também ainda não conseguiu se consolidar
como um campo independente, sendo um movimento fundado única e exclusivamente
na imagem produzida de seu líder.
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